Vale do bonocô , Roberto Justus, Ônibus

Resolvir ver se incrementando os posts com fotos , apareceriam mais pessoas …

Pelo visto somente eu leio isso aqui, se continuar assim tá bom demais!!!!

Esse últimos dias resolví ficar um pouco em casa , principalmente pq como estou com inflamação na coluna e na minha coxa direita , tive que tomar ônibus e como todos sabem , isso para mim é uma derrota … É foda participar da revolta do buzu , e das lutas em 2004-2006 contra o aumento de tarifas/ssa-card somente tomar no cú.E pior que tomar no cú todos esses anos,é ver todo mundo usando o desgraça-card,andando feliz e alegremente pela cidade …

Se sou contra esse sistema de transporte mesquinho e excludente , então a primeira coisa que devo fazer é não usar o mesmo , deslocando-se pela cidade através de minhas própias pernas. E trabalhar para que isso um dia aconteça

Nesse interim , em que tive que me deslocar através dessa caixa de ferro , situações bem agráveis , coisas que só ocorrem dentro de um ônibus , como o caso da loira suvinil e do encosta- encosta do Garcia , ou então do Roberto Justus da caneta inquebrável

Estava eu em meu doce lar, quando em lembrei que teria que ir fazer meu óculos de proteção para o trampo , e a ótica que fazia isso ficava no Itaigara. Apesar de já ter morado lá nem tinha noção da localização dessa rua . O óbvio a fazer era ligar para o telefone que tinham colocado na receita não é?

Errado … Se não entedeu o pq , vai ler Burocracia e Ideologia de Tragtemberg … Ele irá abrir seus olhos sobre o pq que vc têm que se bater com um monte de papel, num cartório , na Facu , no banco(arg!!) …
Leia se puder os livros deles ; é um dos teóricos brasileiros que vale a pena ler.

Voltando a nossa querela, o óbvio que aconteceu foi eu ir às páginas amarelas … A rua ficava próximo ao Fiesta

Enfim , vou pro ponto tomo o buzão (Ribeira – Pituba) e quando chego no bonocô

verifico no bolso que não estava com a maldita receita. Isso sempre acontece comigo , sempre esqueço de alguma coisa , parece até um tipo de maldição. Por isso sempre ando de mochila , soco tudo o que têm na mesinha do pc (laterna , cantil , sunga , livro que estou lendo ,faca, óculos de sol, protetor solar,chaves,caneta, bloquinho e as vezes o laptop) mais é tudo mesmo.

Ainda assim sempre acontece de esquecer-me de algo. O pior é que planejava ir no banco do Itaigara para tirar dinheiro , só estava com malditos dois reais , tive que voltar andando pra casa , sendo que antes tinha que passar num caixa eletrônico … Foda , foda foda !!!!

No final disso tudo peguei a receita e tomei o buzão , era um pituba. Um daqueles que não entra na Estação Iguatemi e vai pela Embasa ; e foi nesse buzão que eu conheçi o Roberto Justus das canetas .

A miséria social dessa cidade possibilita que os pais/mães de família virem uma espécie de mascates modernos, vendendo qualquer coisa para sobreviver.Para eles , a coisa vai ficando cada vez mais difícil pq a quqntidade de mascates é cada vez maior e com o passar do tempo os usuários de ônibus não se sensibilizam com estórias tristes , logo o teatralização da venda far-se-á necessária.

Na imediações do Iguatemi entra mais um desses mascates , e pelo comprimento que o mesmo fez ao motorista pareciam velhos conhecidos. Rpz aí eu ví que têm muita gente talentosa nesse país , e o mais legal que essas pessoas estam do lado de fora da maldita universidade. O cara com uma lupa no rosto começou a falar sobre a caneta , se me lembro bem a caneta chamava-se de roller pen , dizendo que a mesma tinha três cores , e etc . Poxa eu tava com umas duas canetas na mochila e deu até vontade de comprar… Ele falava tanta coisa da caneta , que ela era barata pois as canetas custam em média setenta centavos e aquela que era na verdade três canetas em uma custava apenas um real, ele falou tb sobre que a ponta era inquebrável , sempre ele ficava riscando um papel mostrando a eficiência da mesma.

Mais as coisas mais legais que esse mascate bon vivant fazia era as simulações e a chavequice com as mulheres.

Ele olhava para o fundo do buzão e falava tudo bem amigo espere um pouco que vou levar a caneta para vc , outra hora ele falava , vc quer amiga um momento que eu já vou te levar , e aí complementava , essa caneta é um sucesso de vendas , é tão fácil trabalhar com um produto assim … O cara era fodástico !!!!

Quando ele ia levar a caneta (sim no final ele distribuiu a caneta para todo mundo … Realmente a roller pen era muito bonita, eu nem estava acreditando que estava com ela nas minhas mãos) para uma mina gostosa o cara ficava falando coisas como : …”pôxa gatinha imagine aí eu e vc num bar e vc sem caneta para anotar meu meu telefone , imagine aí gatinha , a gente não se ver mais pq vc não têm uma caneta … Aliás vc sempre pega esse buzão ?”

continua depois …

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