Sexta fui mais cedo para casa…
Rolou uma pseudo-greve e eu, como bom operário, acabei saindo de fininho da assembléia e indo para o Sebo Brandão. Na verdade o que percebo é que o trabalho é tão massacrante que na primeira oportunidade que temos para deixar de trabalhar, acabamos caindo fora.
Na verdade nem iria pegar nada lá contudo, a coleção do Basbaum sobre a nossa “República” estava lá de bobeira. Sempre vejo citações em outros livros desse cara, acho que em Sociologia tinha uma xerox de alguns textos dele, mas acabei apenas fichando. Enfim coisas que um aluno de Sociologia sempre faz ficha os textos e nada mais.
Acabo achando que somente podemos ler os livros fora da faculdade. E isso se aplica também aos cursos de exatas.
E também o clássico do paraibano fundador da Sudene e formulador do plano trienal do Governo Jango, Celso Furtado.
Fiquei de boresta em casa desde a sexta até sair hoje para o trampo então como de praxe enrolei o celular em uma folha de papel laminado e fiquei lendo, vendo animês, escrevendo algumas coisas.
Enfim…
Acabei adiantando um pouco a leitura de um livro que eu já venho lendo a algum tempo, Uma História da Cidade da Bahia, do Risério. Que mesmo que tu não goste , o que eu acho difícil, já vale pela referência bibliográfica, um leque de bons livros que a gente pode depois dar uma olhada, conhecer, principalemnete pq grande parte deles é de autores brasileiros.
Outro livro, na verdade eu chamo quadrinho de livro, foi Persépolis, da Marjane Satrapi. Esse eu acabei lendo de um tapa só. Por causa deles acabei dando uma parada no Feynman. Falando nele quem puder pode dar uma olhada neste site . Bem legal a proposta mas, voltando a Persépolis…
Sensacional esse quadrinho… Uma das coisas mais legais é que apesar de poder ser, já que é uma auto-biografia da autora, não é mais um melodrama de uma pobre coitada terceiro-mundista.
Não têm como não gostar da fase em que ela, ainda garotinha, conversa com Deus. A gente de uma certa maneira, sempre vemos os países mulçumanos como algo atrasado, e gente fanática. O livro mostra um outro lado dessa dita cultura atrasada, principalmente quando ela vai morar no berço da cultura ocidental, a Europa.
Tudo bem que comparar culturas é algo inócuo e, a autora nem mesmo quiz fazer isso. Todavia, nós ocidentais acabámos por fazer sempre esse estratagema.
Sem dúvidas ficamos com vergonha, o respeito ao mais velhos, a família, a alegria de viver, a felicidade encontrada nas pequenas coisas, em tudo nós tomamos uma goleada. Não pense assim que o livro é um mero ufanismo em prol do país do Aiatolá Khomeini, pelo contrário ela aponta as contradições do revolução e do regime Iraniano. Enfim um excelente livro.
No resto do fim de semana foi vendo Gundam Seed Destiny, acabei terminando a saga dos Lacus Clyne e Kira Yamato.