Dentro do meu reino,
Do reino que existe dentro da minha caixola,
Só entra quem eu quiser.
Nem adianta pedir,
Precisa ser convidado ou convidada.
E de vocês que receberam a chave,
Eu só quero que me doem,
Mesmo que seja doloroso em vocês,
A parte podre, o aleatório, os mais pueris devaneios.
Só caberá em mim,
Tudo aquilo que fazem de vocês
Peculiares bípedes imperfeitos
E aqui, nesse castelo de areia craniano,
Sentiremos a paz e a luz
De ser a nossa propia carne
De ser apenas o que sempre fomos