Nessa estrada curvilinea
Vou e volto todo dia
Mesmo que queira ficar estático
No cume calmo da minha cama
E, em um loop infinito e sem porta de escape,
Sigo o fluxo das rodas dos carros, Das cancelas cifradas dos pedágios E dos que conseguem cochilar.
– Já chegou ? Foi tão rápido.
E sinto que gotas de mim vão ficando neste asfalto de baixíssima qualidade.
Gotas,
Pernas,
Entranhas
Sonhos pueris.
Br-324, tu menoscaba eu.
Toda vez que parto,
Toda vez que volto.
– Tostões. Maldito tostões.