Igualdade sexual com tempero soteropolitano

 Há alguns dias atrás, acho que ainda no mês passado, em um ponto de ônibus de Salvador, escutei uma música que resumiu , na minha humilde opinião, toda a luta das mulheres para com a questão sexual e a igualdade dos papéis.

  Demorei para postar por aqui devido a demora em encontrar o nome da música e também a “letra”.

  Muita gente pode dizer que a coisa toda é enxergar ambos os lados como pedaços de carne, etc e tal.

  Pode até ser isso… Mas ouçam o refrão desta “letra”.  Creio que ela seria o troco da famosa letra que aludia a dar tapas na caras das mulheres as mesmas gostarem. Enfim, não entrarei nesta celeuma face a questão da violência doméstica versus o que acontece dentro das quatro paredes de um quarto.

  Resumindo a ópera:

  Música: Traição

  Banda: Pagodão

Que história é essa cabu?
Direitos iguais biel.
Respeite o capitão rapaz.
Toma lá da cá meu filho
Eu sou canalha, bravo foda
Safado cachorro louco
Cafajeste chapa quente
Manhoso e gostoso
Só ele pode trair, só ele pode curtir
E eu fico aqui em casa sem me divertir

Se ele pode comer eu também vou dar
Se ele pode comer eu também vou dar
Se ele pode comer eu também vou dar

Eu também vou dar
Eu também vou dar
Eu também vou dar

Agora também vou dar

Eu também vou dar
Eu também vou dar
Eu também vou dar
Porque elas me chamam de amor
De melhor homem do mundo
De gostoso e de perfeito

Com todo o respeito
Se ele pode com duas, eu vou contar de três
Imagine sua mulher com todos de vez

Eu sento traindo ele
Eu sento traindo ele
Eu sento traindo ele
Sento gostosinho
E eu boto traindo ela
Eu boto traindo ela
Eu boto traindo ela
Boto com carinho
Eu sento traindo ele
Eu sento traindo ele
Eu sento traindo ele
Sento gostosinho
E eu boto traindo ela
Eu boto traindo ela
Eu boto traindo ela
Eu boto traindo ela
Boto com carinho

  Viva aos pagodeiros e pagodeiras de Salvador. Caso Simone de Beauvoir estivesse no carnaval de Salvador estaria requebrando ao som de Traição. 

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