Redamar

é uma azul_palavra_tesouro
como um terra rara.
ou cabeça de bacalhau.

e neste mundo veloz,
se veste quase sempre
como um dia branco de anoitecer sereno,
nos quais o relógio de pulso
faz piquete e para de trabalhar.

e assim,
nessa rarefeita dança de raridade,
pescado vivo por ela,
Redamar faz o nosso mais guardado áse rere
d-e-r-r-amar-se caudalosamente por aí.

nesses segundos,
mais valiosos que a maioria das horas,
nossas carnes e ossos
viram delicadas garrafas
cheias de água de flor de laranjeira.

e essas perfumadas garrafinhas
não cansa em verter-se em agridoce suor,
esquina por esquina,
contendo litros e mais litros
das nossas melhores gotas. 

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