Jean Oury, esse ser ainda tão pouco conhecido nessas provincianas bandas tropicais, acabou por sistematizar várias indagações que sempre pego fazendo pra mim, para minha caixola, em todo espaço de luta !!!
O ser vivo que não arrisca responder cotidianamente essas perguntas nos seus espaços de ativismo, de construção do novo, merece pegar seu boné e tentar fazer outra coisa da vida.
“Como sustentar um coletivo que preserve viva a dimensão de singularidade?”
“Como criar espaços heterogêneos com tonalidades próprias, atmosferas distintas permitindo que cada um se enganche a seu modo?”
“Como manter uma disponibilidade que propicie os encontros, mas que não os imponha uma atenção, que permitam contato e preserve a alteridade?”
“Como dar lugar ao acaso sem programá-lo?”
“Como sustentar uma gentileza que permita a emergência, de um dizer ali onde cresce o deserto afetivo?”