Um doce Outono de Maio.

ELE consegue ser incandescente
mesmo quieto,
mesmo meio esfinge cabocla.

Madrugada,
vida inundada pelo choro chorado de mansinho.
 
O OUTRO,
apesar de carcomido por longas jornadas,
não sabe o que fazer com o corpo que teimam
em transbordar incessantes diatribes contra os sóis .
Fica incomodado com a quietude.

Verão, rouxinol.
pedra na rebentação do mar de Março.

E por fim, existe aquele ELE (eu),
que é o orí da soma algébrica dos outros dois saltimbancos.
Um quente_frio sobre uma escorregadia corda bamba onde
desejo e tradição realizam uma estranha dança que só eu entendo.

Saveiros em silenciosa e solar revoada,
um doce Outono de Maio.

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