Uma quinta-feira qualquer

Cada dia que passa eu vejo que o segredo seja mesmo a simplicidade cotidiana.

É, os sábios são mesmos os mais velhinhos.

Digo isso já que, de maneira particular peculiar, nesses últimos tempos de carne e ossos tremidos, sinto e percebo, com certa antecedente credulidade, que respirar cada pedacinho de ar, dia após dia, pisar fundo mas delicadamente a terra, do jeito que ela se apresenta aos nossos carcomidos pés, é o melhor caminho.
Talvez seja o único caminho, a pequenina e dadivosa felicidade ínfima e atonal, de meia vida, para manter a mente minimamente saneada.
Por isso, enquanto minha companheira solveja alguma cantoria estrangeira (como gosto disso), de torta em torta, como ontem, todos nós vamos agarrados, do jeito que der, à dolce vita dos grãos de Ninho diante do desabamento humano cotidiano.

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