Algumas pessoas já completaram um mês de claustro. E aí, nessa estadia em alto mar em cimento e asfalto, entre os vômitos verbais e demais tentativas presidenciais de quebrar o isolamento social, vamos, com toda cristandade, perdoando as delinquência menores.
Sejamos sinceros… Quem ainda não pecou, aqui, na blogueirândia, falando alguma coisa, dissertando sobre algo sem que, por míseros milésimos de segundos que fosse, fizéssemos uma leve pausa para pensar, naquele ato de conversa interior que fazemos com os nossos botões, se aquela questão pontuada, aquela colocação iria realmente acrescentar alguma coisa pra vida de Quelé.
Estamos empolgados demais para cousas assim… Desculpa minha impertinência 😔
De live em live, nos últimos 29 dias dessa Pompéia Tropical, cujo rei conectou a bolsa de colonoscopia no crânio, penso muito, muitíssimo em Belchior. Poderia ser Chorão mas, vou ficar com o charmoso bigodudo de Coração Selvagem.
Penso no nosso maior cearense, fitando tudo isso, com aquela cara amarrada, dedilhando pacientemente seu violão enquanto educadamente pergunta, aos passantes que encontram-se na sala de estar, no pequenino cubículo onde ficam as televisões retransmissoras do que acontece aqui na geleia geral, perguntando, perguntando incessantemente, que diacho de LSD foi esse que distribuíram por aqui.
Enfim, ninguém vai morrer de tédio. Como disse Bergson, somos a única espécie que faz rir.