Falando em Arcade Fire,
lembro-me da Academia.
Sim senhoras e senhores, eu não estou Maradonado. Um dia eu estava em casa e resolvir sair um pouco. E nessa saída acebi entrando em uma academia. Sem que nem pra que, ouvindo Love Supreme, acabei assinando a fatura de um mês.
Fala-se muita coisa de Coltrane,
que ele fez isso e aquilo, que ele levou o Jazz a esse e aquele lugar, que somente ele chegou a extratosfera, enfim ele me levou a correr numa merda de estrada de borracha que me leva a lugar algum.
E o que dizer dos malditos pesos. Puxa vida, Newton deve estar no inferno pensando o porque da realização de tanto Trabalho em vão.
Todavia, malhar dá uma onda pesada… Entretanto, até agora, ainda não sentí tal onda, tal sensação, contudo algumas situações, eu já passei.
Acho que isso é que me faz continuar, tipo:
A queda da esteira (Nessa brincadeira eu quase fui pegar a Barca do Inferno… É sério)
O dia em que eu conheçi uma garota do tempo.
Os carinhas que vendem os produtinhos( Ivomec não é remédio pra cavalo ?)
A gordinha que fica dublando e não pega peso nenhum.
O instrutor que só fala em entrar para o COE e matar todo mundo.
Os velhinhos viciados em pegar peso.(Idosos Dopados!!!!)
Dessas estórias de mesa flexora, halteres e afins foi o da gostosa enxerida ou seria o dia que My body is a Cage virou Axé Music.
Umas das coisa mais horripilantes nessas academias é a música. Lá só toca aquele coisa que o Cidade Negra chama de Reggae ou então Axé Music. Por isso o que eu faço é colocar o meu headphone assim que entro nesse templo do suor sem sentido.
Num desses dias, percebí que uma mina ficou a olhar-me insistentemente. Pensei prontamente que provavelmente a mesma deveria estar com a dita cuja em ponto de bala, enfim então como de praxe dei aquele sorriso à Dom Juan (Sic) tentando ver “se me dava de bem”. Demorou um poquinho, a mina ficou com toda aquela bunda sinalizando algo profundo (episcopal pq não) , como diria meu colega de facú , com uma derivada infinita e perguntou claramente tentando puxar o mínimo diálogo.
– Vc tá ouvindo o que aí ?
Puta que pariu… Uma pergunta simples, aliás, bem simples.Porém de resposta extremamente complexa.
Vamos a explicação:
1)Quando uma mulher vai até vc e tenta algum tipo de conversa é pq a mesma quer alguma coisa. E com sorte ela pode querer trocar fluídos vaginais com vc.
Isso não se aplica a mulheres que são fãs de Simone de Beauvoir.
2)Quando uma mulher com uma bunda daquelas tenta puxar assunto com vc, meu amigo(amiga também, vai saber a opção sexual) vc fala qualquer coisa, mais não determinadas coisas intelectualóides.
Isso não se aplica a mulheres que são fãs de Simone de Beauvoir. Elas primeiramente não têm bundona, suas bundas são chuladas e parece muito mais aqueles tapumes que os comerciantes botam em suas lojas na época de carnaval.(E que acabam servindo como anteparo para as nossas necessidades fisiológicas).
Outra diferença fundamental é que essas mulheres gostam disso. Elas amam Belle & Sebastian. Elas têm orgasmo ouvindo Architecture in Helsinki, Radiohead e Sigur Rós.
3) Eu estava ouvindo My Body is a Cage do Arcade Fire.
Fiquei quase 4 segundos mudo, pensando o que iria responder e não sei pq cargas d’água respondí Babado Novo. Putz Deus é Baiano e toca pandeiro no pelô afinal como todo bom baiano, esse é o papel que nos foi dado nesta fabulosa aldeia global. A gente bate o pandeiro e eles jogam a moeda…
Então a bunda falou. Como diria Mutarelli: “Ela não têm nome a Bunda é a Bunda. A bunda é maior que ela”.
Bunda
-Babado Novo!!!! Babado Novo é o que há. Puxa e eu estava pensando numa música dela agora…
Putz será que as bundas são capazes de alterar a consciência alheia ?
Só a Bunda Salva!!!!